Durante a Guerra Fria, parte de Hollywood serviu como uma
espécie de arma contra o comunismo, colocando os russos como vilões, ameaças ao
american way, apontando o dedo para pessoas de ideologias diferentes. Essa
ideia parece ter voltado, talvez motivada pelo ataque terrorista de 2001; o
cinema torna-se, então, ferramenta para instigar medo e revolta.
"Jack Ryan: operação sombra", filme ruim de
Kenneth Branagh, parece resgatar o desconforto contra estrangeiros. O filme,
uma ação nada original, é baseado em personagem criado por Tom Clancy
(1947-2013), especialista em literatura de espionagem. Jack Ryan (Chris Pine),
que apareceu em diferentes livros do autor, é um analista de dados da CIA -
este filme, no entanto, não é baseado em nenhuma obra.
Na primeira cena o vilão (interpretado pelo diretor)
demonstra que é mau e estúpido; espanca um médico por ter aplicado errado uma
injeção em seu braço.
Quer destruir os Estados Unidos para vingar a Mãe Rússia. Ele e outros falam inglês errado, sem conjugar direito os verbos, embora negociem com empresários americanos. A construção do protagonista é ainda pior, um homem que combina inteligência e força extrema. Seu maior sonho é salvar o mundo e apertar a mão do presidente; um herói sem complexidade.
Quer destruir os Estados Unidos para vingar a Mãe Rússia. Ele e outros falam inglês errado, sem conjugar direito os verbos, embora negociem com empresários americanos. A construção do protagonista é ainda pior, um homem que combina inteligência e força extrema. Seu maior sonho é salvar o mundo e apertar a mão do presidente; um herói sem complexidade.
Há uma cena que ameaça transformar um filme num exemplar
decente de ação, uma sequência de espionagem que, através da montagem em
diferentes perspectivas, injeta adrenalina. Logo em seguida, no entanto, cenas
que tratam os EUA como salvadores colocam este filme como peça descartável de
propaganda.
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