terça-feira, 7 de janeiro de 2014

#6 The terminator (1984)


James Cameron é um dos cineastas que defende a tecnologia como alternativa para intensificar as possibilidades do cinema, criando histórias que se complementam com incentivo da cenografia, projeção ou interferência digital na imagem. Seu primeiro sucesso, em 1984, sugere a ambição por tecnologia como um fator essencial para a concepção do filme, apresentando decisões estéticas que parecem ousadas para o alcance técnico do período. Arnold Schwarzenegger é um monte de músculos e ferro, um robô assassino do futuro, uma máquina que tem apenas uma missão, matar Sarah Connor e quem estiver no caminho. É mais ou menos como os vilões de John Carpenter, um grande mal que segue apenas em frente e não responde à razão. Tem poucas falas e todas parecem gradualmente mais interessantes por causa do sotaque e da maneira absolutamente amadora da pronúncia e do gestual, dados que contribuem para a formação de um agradável ambiente de filme B. É o tipo de personagem que se repete em outros filmes brutos dos anos 1980, como Rambo ou Predador, um assassino cuja atuação extrema ignora a existência da lei. Indícios do gênero horror e atmosfera de ficção científica fazem deste filme um exemplo da habilidade de contador de histórias de Cameron, um projeto que os anos parecem agir à favor da criação de fãs que parecem interferir no tamanho e alcance desse arrasa quarteirão.

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